quarta-feira, 8 de julho de 2009

A Biblioteca 2.0



Texto enviado por Maria Cristina Landgraf Gonçalves



A fundamentação para o desenvolvimento e o futuro das bibliotecas é vinculada por autores como Maness (2006) à incorporação de técnicas e aplicação das tecnologias utilizadas pela nova geração Web 2.0 aos serviços Web nas unidades de informação, ressaltando características como: acessibilidade, interação, colaboração, dinamismo e utilização de tecnologias multimídia. Consequentemente, também é apontado um novo paradigma para a biblioteconomia, suas práticas e seus profissionais. O autor destaca ainda que os elementos essenciais para a evolução de serviços e coleções dentro da Biblioteca 2, assim nomeada pela correlação com os atributos da Web 2, têm suas bases na centralização no usuário, na oferta de experiências multimídia, no aumento do grau de sociabilidade proporcionada pela comunicação usuário/usuário e usuário/bibliotecário e na participação e busca comunitária pela inovação.
A troca de informações em escala global propiciada pelo ambiente interativo Web tem demandado cada vez mais o estabelecimento de padrões de representação, a fim de garantir aos usuários a relevância e a qualidade das informações a serem recuperadas e compartilhadas e a satisfação de suas necessidades. As técnicas da Web 2.0 oferecem acesso automatizado e pronto consumo de informações, assegurados pela incorporação de ligações semânticas a recursos informacionais. Nesse ponto, vale a pena observar que os modelos clássicos de organização, representação e recuperação de informação têm apenas recebido algumas alterações e nova denominação mediante o desenvolvimento e a incrementação dos meios digitais e do emprego de novas abordagens tecnológicas para a gestão de recursos informacionais (Ramalho; Vidotti; Fujita, 2007).
A utilização de bases de dados, metadados e processamento do conteúdo se faz cada vez mais presente nos meios digitais, permeando o caminho para o futuro das bibliotecas. A realidade virtual pressupõe a biblioteca como interface de rede social, desenhada pelo próprio usuário. A coleção torna-se cada vez mais interativa e acessível, os serviços são otimizados quanto a recuperação e transferência de informação e o profissional bibliotecário passa a compartilhar conhecimento e também a ser responsável pela alfabetização informacional dos usuários da unidade de informação em que atua.
Conforme ressaltado por Bastos (2008) a coexistência das bibliotecas convencionais e virtuais é indiscutível, uma vez que cada uma delas apresenta produtos e serviços diferenciados. Cabe à biblioteca convencional responder positivamente a todos os desafios, oportunidades e responsabilidades inerentes ao aparecimento das novas abordagens tecnológicas para a gestão dos recursos informacionais. Os serviços e produtos devem ser aprimorados a fim de suprir e antever todas as necessidades do seu maior e principal foco: o usuário.
REFERÊNCIAS


CUNHA, M. B. da. Das bibliotecas convencionais às digitais: diferenças e convergências. In: Perspectivas em Ciência da Informação, v.13, n.1, p.2-17, jan./abr. 2008.


MANESS, J.M. Teoria da biblioteca 2.0: web 2.0 e suas implicações para as bibliotecas. In: Inf & Soc., Est., João Pessoa, v. 17, n. 1, p. 43-51, jan./ abr., 2007.

RAMALHO, R.A.S; VIDOTTI, S.A.B.G.; FUJITA, M.S.L. Web semâbtica: uma investigação sob o olhar da Ciência da Informação. In: DataGramaZero, Revista de Ciência da Informação, v. 8 , n. 6, dez. 2007, artigo 04.

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